As várias faces de Dani Greco



Nossa entrevistada é a paulistana Dani Greco, atriz, cantora, corista, dubladora, produtora e dançarina. É formada em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC de São Paulo.
Além de outros trabalhos, Dani está à frente do projeto “Alice no Brasil das Maravilhas”, que tem como base a pesquisa histórico-artístico-cultural da Cidade do Rio de Janeiro e conta com uma oficina de montagem.
Ainda sobre o Rio, a atriz está iniciando um Núcleo Carioca de Teatro Musical na Escola de Dança Sílvia Pinheiro, que fica situada dentro do Clube do Círculo Militar da Praia Vermelha, na Urca.

Atenciosa, Dani Greco nos falou sobre a importância do corpo no trabalho artístico, o papel do ator-produtor, crise e muito mais. Confira a seguir:



Fanatic Media Group – Dani Greco, como foi o começo na carreira artística?

Dani Greco - Minha carreira artística é quase um rizoma. Rizoma é um sistema onde não há uma origem ou fim, ele é atravessado por muitos vetores a todos instantes. Eu comecei quando criança no ballet clássico, indo até as pontas, porém por complicações no joelho, tive que parar. Sempre tive o desejo de trabalhar com TV, teatro, comercial, porém meus pais, como a maioria dos pais, não desejavam isso para o meu futuro. Então, fiquei longe da dança até os 18 anos, que foi quando ao me converter ao cristianismo, voltei a dançar no grupo da igreja. Lá eu redescobri o ballet, o jazz, o contemporâneo e o teatro também.
Porém, acabei fazendo faculdade de Turismo, o mercado deste no final do século estava em alta, e acabei entrando na TAM logo no início da faculdade. Por lá fiquei seis anos, passei por diversas áreas, inclusive fui secretária da vice-presidência.
Continuava dançando na igreja e trabalhando na TAM e foi em meados de 2006 que conheci uma missionária de New York, que me escolheu, dentre uma seleção, para ir até NY dançar e representar o Brasil em um seminário que ela organizava. Bem, o momento não foi tão simples assim, pois foi quando tive que decidir pela minha vida artística ou continuar na TAM. Entrei em depressão, pois minha chefe não me liberou para a viagem, mesmo eu podendo tirar férias naquele período, assim a depressão foi aumentando e havia duas opções: tarja preta ou demissão.
Eu escolhi a demissão. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida, meus pais enlouqueceram com minha decisão, mas fui para NY, dancei, reabilitei através da dança uma mulher que havia operado da mama, voltei, fui com meu grupo da igreja para os Jogos Pan-americanos de 2007 aqui no Rio, e foi quando eu voltei desse vai e vem que tudo aflorou em mim, eu percebi que havia sido tomada pela arte e que não havia mais volta.
A partir daí, é uma longa história... Fiz muitas coisas, coordenei projetos, entre eles o GodLuvDance (https://vimeo.com/60323672), em uma comunidade da Zona Sul de SP, entrei em um grande musical, fiz teatro infantil, dei aulas, dei cursos pelo Brasil, foram tempos de amadurecer naquilo que eu havia escolhido. Foi um tempo bastante complicado, mas quando olho para trás, sei que tomei a decisão correta.
Acabei fazendo outra faculdade, que terminei em 2014, Comunicação das Artes do Corpo (Dança, Teatro e Performance) na PUC-SP, e este foi um grande divisor de águas na minha vida, pois foi quando eu compreendi quem eu estava sendo e para onde eu deveria seguir na minha caminhada artística.

FMG – Quais as suas principais influências?

DG - Minhas influências são os livros, poderia ser uma grande atriz ou um grande ator, mas não. Desde pequena minha mãe me incentivou muito a ler, e esse hábito permanece até hoje. Quando preciso estudar alguma personagem, ou mesmo quando me indago sobre questões da minha profissão, eu vou até a Livraria da Travessa em Botafogo e fico por ali, olhando as prateleiras de Teatro, Filosofia, Antropologia, Artes, até que algum assunto ou título venha de encontro ao meu anseio.
Não consigo ficar sem estudar sobre o que faço, sobre a vida, sobre o corpo, e foi através dos livros que encontrei minha grande influência, o coreógrafo Rudolph Laban. Seus estudos de corpo, espaço e movimento, abriram meus poros a fim de que eu pudesse conhecer e buscar novos horizontes para as minhas pesquisas. Devo muito do meu trabalho a estes estudos, eles pautam desde minha vida cotidiana até meu trabalho no palco e fora do palco, como produtora.
Mas os livros ainda são minhas mais fortes influências, como os de Deleuze & Guattari, que me abrem um campo de possibilidades diante daquilo que pesquiso.
Preciso também mencionar minha maior influência como exemplo de garra, esperança e luta frente a situações impossíveis, minha mãe. Ela sempre foi um espelho para o meu amadurecimento enquanto pessoa e atriz.

FMG – Qual é a grande diferença na atuação para o teatro e para o cinema?

DG - Bom, eu nunca trabalhei com cinema, mas essa tem sido a minha pretensão desde quando me mudei para o Rio, há Um ano e meio. Existe um desejo latente em explorar o mercado cinematográfico. Não tenho estudos em cinema e nunca tive contato com isso, a não ser uma ponta que fiz no longa “Colegas”, apareço quatro segundos, rs.
Porém, existe um diretor que sou apaixonada e creio que quando eu assisto aos seus filmes, uma inquietação e um desejo de pesquisar o cinema cresce em mim, ele se chama Andrei Tarkovski, de “Solaris”, “Stalker”, “A infância de Ivan”. Estou lendo um livro dele agora, onde ele comenta muita coisa sobre o cinema e o como fazer cinema, o livro chama-se “Esculpir o Tempo”. Sou muito fã também do cinema espanhol e francês, e estes também me ajudam bastante na construção diária do meu fazer.
O cinema pra mim é um grande prato, onde consigo encontrar alimentos para que o meu trabalho no teatro seja enriquecido, preenchido, detalhado. Quando se tem noção de posicionamento diante das câmeras e como talvez elas poderiam estar ali no teatro, a sua atuação se torna outra. Você consegue ter a noção de que necessita atuar conforme o teatro pede, mas também você consegue perceber o detalhamento que exige o cinema.
Portanto, gostaria de atuar nesta área para complementar também o trabalho no teatro. Espero conseguir isso em breve, rs!

FMG – Fale sobre a sua experiência com a música?

DG - Minha avó me injetava música todos os dias. Eu ficava na casa dela enquanto minha mãe ia trabalhar como professora e eu lembro de sempre ficar em frente ao som, sentada num banquinho, com fones de ouvido, eu ouvia música praticamente o dia todo. Minha família sempre foi muito musical, eu ouvi muito rock nacional e internacional com meu tio, muito samba, pagode, sertanejo com minha avó, Roberto Carlos, Madonna, Elton John, Cazuza, Dire Straits, e todo estilo de música que era tocado nos anos 80 e 90. Acho que de tanto ouvir e cantar eu me tornei uma pessoa afinada musicalmente, pois eram muitos estilos diferentes, muitas vozes, notas e ritmos, e eu sempre decorei tudo muito rápido, desde pequena sou muito observadora. Talvez isso tenha me ajudado a ter uma boa noção musical.
Eu amo música, ela faz parte sempre das minhas criações, às vezes eu tenho mania de inventar/cantarolar músicas/melodias que eu vou criando na hora, mas que não registro, são só para mim mesma. Sou muito eclética, mas adoro um punk rock, talvez seja meu estilo musical preferido. Mas a parte da música que me envolve mesmo, é o canto, eu não consigo viver sem cantar, e isso explica minha paixão pelo teatro musical.



FMG – Qual é a importância do corpo no trabalho artístico, seja tanto para a dança como para o teatro?

DG - Quando eu descobri Laban, e descobri que o corpo é um entre-lugar de cultura, onde as coisas se definem e se redefinem a cada instante, eu realmente entendi que sem uma compreensão profunda deste, não é possível trabalhar com arte. Sim, claro, é possível, mas quando você reconhece o seu corpo, tanto sua anatomia, quanto os processos mais misteriosos que nele se cruzam, a sua arte e o seu trabalho no mundo é infinitamente ressignifcado.
O corpo está sendo, ele é uma construção diária, quase de segundo a segundo, ele muda conforme o relógio se movimenta, a cada instante, e quando você possui essa percepção, o seu trabalho, por mais repetitivo que seja, sempre será novo. O corpo é o meu lugar no mundo, o meu lugar de investigação, de pesquisa, é a relação com seu entorno, com os outros corpos (pessoas e objetos), pois para mim corpo é espaço, é arquitetura, é vento, é água.
Klauss Vianna, um grande estudioso do corpo, afirmava que devemos escutar o corpo. Assim, há uma necessidade do artista conhecer o corpo e quais suas implicações através dos séculos, existe muita pesquisa que pode ser reelaborada a partir desses estudos, o corpo é a matéria primeira da arte.

FMG – Você acumula diversas atividades ao mesmo tempo como atriz, cantora, corista, dançarina e dubladora. Como faz para administrá-las?

DG - Horários, agenda e pouca vida pessoal. Eu sou uma pessoa que costuma pegar muitas coisas para fazer e acabo ficando estressada ao final delas, 2015 foi um pouco dessa maneira. Com a minha mudança para o Rio e a vontade de me inserir no mercado, acabei desfocando um pouco do meu objetivo, que é protagonizar minha carreira de artista-produtora.
Já replanejei minha agenda para o ano de 2016, para que eu consiga ter tempo para estudar e pesquisar mais, fazer mais aulas, cumprir com os horários de ensaio sem estar pensando num trabalho paralelo que não ali. Enfim, eu sou uma pessoa bombril, mas que precisa de foco a todo instante.
A vida do artista é correria, nós nunca paramos de trabalhar, pois sempre temos que buscar os próximos projetos, os próximos trabalhos, é um trabalho infinito de prospecção de vida, mas também precisamos ter tempo para fruir, e isso eu preciso administrar melhor em 2016. Mas de fato, sou apaixonada por todas minhas atividades do momento e não abro mão delas, rs.

FMG  – Além de atuar nos musicais “Enrolados” e “Uma Aventura no Gelo”, você também é produtora. Como está o mercado de trabalho para o ator-produtor?

DG - Sim, há uns Seis anos que me meti nessa história de atuar e produzir, e digo que não é simples. Quando você produz algo para outro grupo ou para outra pessoa, o grau de exigência é o mesmo, mas você acaba ficando um pouco mais tranquila, pois não vai ter que se preocupar em construir personagem, ensaiar, decorar texto e etc.
Mas, eu sou uma pessoa que gosto de produzir o que faço e ultimamente eu tenho buscado muito isso, produzir minhas próprias peças e musicais, a minha primeira experiência foi em 2009 com a peça “A Porta”, que ficou em cartaz no Teatro Bibi Ferreira em SP. Quando isso acontece, você precisa saber dividir muito bem a hora de produzir e resolver problemas, e a hora de estudar e ensaiar, para isso, você precisa ter uma equipe que te permita e construa a escada para que você consiga cumprir com louvor os dois cargos. Um ator-produtor precisa saber delegar trabalhos, dividir e cobrar tarefas, confiar na equipe que está com você, senão o trabalho não acontece. Um ator-produtor não pode trabalhar sozinho, seu trabalho é melhor viabilizado em grupo.
Nos musicais que atuo agora, não estou produzindo, mas para 2016, vou atuar e produzir, e esta semana tivemos uma reunião de equipe para ajustar nossas tarefas e compromissos, para que ninguém fique sobrecarregado.
Bem, eu creio que todos os atores deveriam estudar sobre produção, pois o teatro não é feito por pessoas em cargos específicos, mas sim por pessoas com cargos que se relacionam e se cruzam a todo instante. O ator precisa conhecer as tarefas de um produtor, e mais, saber como a produção é realizada, é um bicho de sete cabeças que muitos atores pensam que é coisa simples, e não é. O produtor por sua vez também precisa respeitar o tempo do ator, ele precisa estudar, ele tem um processo, ele precisa de boas condições para exercer seu trabalho, e muitos produtores também não compreendem isso.
Acho que o ator-produtor é o “entre” nas relações, como um hífen mesmo. Ele precisa entender o lado dos atores e o lado da produção, tendo que ser muitas vezes imparcial ou então ditador, para que o trabalho aconteça.
Ator-produtor: muito amor, paciência e trabalho, muito trabalho.

FMG - O musical “Alice no Brasil das Maravilhas” tem como base a pesquisa histórico-artístico-cultural da Cidade do Rio de Janeiro e conta com uma oficina de montagem. Fale-nos sobre este projeto.

DG - O projeto com duração total de Sete meses, prevê um período de ensaio e pesquisa de linguagem de Três meses, seguido de uma temporada de um mês (oito apresentações, levando em consideração uma temporada aos sábados e domingos).
A montagem propõe um mergulho na obra de Lewis Carroll (pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson) e no universo criativo de “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho”, pretendendo apontar cruzamentos da história de construção da cidade do Rio de Janeiro, sobrepondo conto e realidade, reatualizando e transpondo tempos e espaços. Dessa maneira, a pesquisa pretende descobrir o quanto há de Carlota Joaquina na Rainha de Copas; ou da Madame Satã no famoso gato que ri, The Cheshire Cat. Nesse ‘Brasil das Maravilhas’, tudo será possível, mesmo presenças ilustres como Carmen Miranda e Santos Dumont, que comemorarão o ‘desaniversário’ de Alice e se sentarão à mesa de chá do Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março. A criação do espetáculo musical contará com a sobreposição dos personagens do conto com os “personagens” históricos que no Rio aportaram, descobrindo a cidade maravilhosa, a primeira capital do Brasil.
O projeto e sua adaptação foram pensados a partir da localização atual de trabalho da equipe, a Praia Vermelha, no bairro da Urca, pelo fato do bairro ter sido o “portal” de entrada no “país das maravilhas”, portanto, a analogia entre o Rio de Janeiro como cidade maravilhosa e o País das Maravilhas de Alice é o pontapé inicial deste projeto, que busca dialogar com a cultura da cidade e do país, buscando pontos de entrelaçamentos entre suas personagens históricas.
Todo o processo de montagem será seguido em paralelo pelo diálogo com sua área de entorno, a saber, a Praia Vermelha e o impacto ambiental que esta vem sofrendo na relação com seus turistas, frequentadores e seu lixo pessoal deixado nas areias aos finais de semana. Observa-se, portanto, a necessidade de um programa de reeducação de seus usuários e neste sentido o projeto se propõe a oferecer aulas de Musicalização para crianças e adolescentes com instrumentos musicais feitos a partir do lixo coletado por eles mesmos diretamente da praia. As aulas de Musicalização acontecerão três vezes por semana com duração de 1h, durante três meses de processo criativo do espetáculo, incluindo estudos sobre a reciclagem, a coleta dos materiais da praia, a execução dos instrumentos musicais e a criação de partituras musicais que integrarão o espetáculo também como trilha sonora.
O projeto então, contemplado pela Lei de Incentivo à Cultura (ISS), em todas as suas ações, busca a manutenção da cidade do Rio de Janeiro como a cidade maravilhosa e patrimônio mundial.




FMG – Você já recebeu algum tipo de incentivo cultural do governo ou sempre bancou os espetáculos de forma independente?

DG - Já banquei muito projeto do meu bolso, já fiz muito projeto tendo prejuízo, ou então não recebendo nada por isso, a maioria das vezes inclusive. Mas, também já tive muitos incentivos do Governo para que algumas coisas pudessem ser realizadas.
Eu dirigia o Grupo Clara, na minha época de faculdade, com minha amiga Juliana Santos e pegamos alguns incentivos para realizar alguns trabalhos, como o espetáculo “ENFORMA” contemplado pelo Proa em SP. Também com meu Coletivo de SP, o Traça Urbana, fomos contemplados com um mês de residência artística pelo Minc no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo em Santa Teresa, com a pesquisa “estadosDEpassagem”, que é um trabalho itinerante que se relaciona com o tempo-espaço do corpo e dos acontecimentos do entorno naquele instante. Essa pesquisa ainda continua, ela está um pouco estagnada, pelo fato da minha mudança para o Rio, porém estamos retraçando novos caminhos para que a pesquisa possa continuar mesmo com a distância dos membros do coletivo.
Tiveram outros incentivos pequenos, que não acho necessário informar, mas o último incentivo foi para o musical “Alice no Brasil das Maravilhas”, como explicitei acima, pela Lei Incentivo à Cultura (ISS) pelos 450 anos do Rio, mas infelizmente, ainda não conseguimos um patrocinador para o projeto. O coração está apertado e já buscando meios de fazê-lo sem patrocínio, mas um projeto deste tamanho se torna um pouco inviável, então, a busca por empresas que queiram patrocinar o projeto continua!
E se você estiver lendo essa entrevista e tiver interesse em conhecer o projeto, envie um e-mail para producaoaliceomusical@gmail.com rs.


FMG  – Como a instabilidade econômica que o Brasil vem sofrendo atualmente influencia o mercado de eventos e a cultura de um modo geral?

DG - Realmente vivemos uma crise no país, não há como esconder isso, os teatros estão vazios, tenho muitos amigos desempregados e sinto que os incentivos do Governo e das empresas estão focados em produções de médio a grande porte e que tenham já uma boa visibilidade no mercado. Isso é ruim, pois muitos artistas estão desistindo de seus trabalhos e eu de certa forma me sinto agraciada por Deus por ter trabalho e não estar sendo atingida pela crise. Então, o artista ele deve trabalhar o dobro ou o triplo para garantir
sua sobrevivência, e isso é cansativo demais para aqueles que precisam de incentivo para poder continuar, pois ninguém trabalha e nem vive sem dinheiro na nossa sociedade... essa questão me deixa um pouco sem palavras.... Tem sido uma constante luta.

FMG – Qual conselho você dá para quem pretende seguir com a carreira artística, seja atuando ou produzindo ou atuando e produzindo?

DG - Eu aconselho ter garra e não desistir. E aconselho que se você não ama o que faz, então pare agora e redefina suas prioridades. O artista precisa amar a arte, amar o público, amar a realidade, a ficção, amar e lutar pelo que acredita.
A arte é ativismo constante, é política, é reconstrução, é caos, é crise, e ela é um corpo extremamente poderoso na sociedade civil. Eu passei muita dificuldade, combati inúmeros combates, trabalhar com arte é viver o ser humano e o mundo em sua intensidade. É realmente saber sobreviver para que um dia você consiga viver, entende?
Ser artista é muito mais do que estar em cima de um palco, ou ganhar um edital, ou estar na TV, ou numa galeria, ou no meio de uma praça fazendo uma performance, ser artista é ir na contramão e acreditar que você está indo na direção certa, mesmo que todos estejam indo na direção contrária, mesmo que todas as placas te digam que aquela direção não é permitida.
Arte é enfrentamento. O artista precisa ser visionário, e continuar... estudar, se preparar, ad infinitum, o artista nunca está pronto. Quem tem a arte pulsando no corpo, mesmo com a crise, vai continuar correndo na contramão.

FMG – Fale sobre a sua agenda e contatos nas mídias sociais.

DG - Em Janeiro de 2016 em São Paulo, eu retorno com a Elsa no musical “Uma Aventura no Gelo”, no Teatro Brigadeiro, aos sábados e domingos às 15h; e com a peça infantil “Madagascar”, com a personagem Gloria, que fica em cartaz apenas aos sábados, às 17h30, no Teatro Maria Della Costa.
No Rio de Janeiro, eu estou iniciando um Núcleo Carioca de Teatro Musical na Escola de Dança Sílvia Pinheiro, que fica situada dentro do Clube do Círculo Militar da Praia Vermelha, na Urca, juntamente com o ator e diretor Carlos Leça, a dramaturga e atriz Luciana Fontenelle e o dançarino e coreógrafo Paulo Bessado.
O Núcleo vai oferecer aulas voltadas para atores, dançarinos e cantores, iniciantes ou que já estejam atuando, com o objetivo de promover a profissionalização de atores que não podem pagar por uma faculdade ou por cursos com valor mais elevado. O projeto começa no início de Março e se estende por todo ano.
A ideia é garantir a rotatividade de professores de diferentes linguagens dentro de uma mesma área, a fim de que o aluno possa estudar um pouco de cada vertente do teatro, da dança, do canto, escolhendo uma linha de aprofundamento, prevemos também palestras e debates com profissionais da área e aulas de produção, figurino, cenografia. De Setembro à Dezembro começaremos uma montagem para esses alunos, os quais podem ou não aderir ao projeto, pagando uma taxa extra de espetáculo. O Núcleo está engatinhando ainda, mas estamos colocando boas expectativas em cima dele.
Em março, com a mesma equipe e direção de Carlos Leça, começamos uma Oficina de Montagem de “Alice na Cidade Maravilhosa?” na Escola Atores em Cena na Barra. O musical será uma releitura da história de Alice no País das Maravilhas, tratando de alguns problemas da cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro.
Estou com outros projetos de teatro musical engatilhados, fazendo leituras, reuniões, ensaios, mas ainda não posso revelar, rs.
Para aqueles que desejam saber um pouco mais do meu trabalho, lá tem bastante fotos e vídeos e um blog, onde publico alguns textos que produzo: www.danigreco.com.br
Também estou no Facebook no link: https://www.facebook.com/danigco e também tenho algumas páginas dos meus trabalhos: GodLuvDance, Grupo Clara e Grupo de Risco.
E no Instagram: @_danigreco (Onde acabo postando mais coisas do meu dia a dia, o Facebook deixo mais para o profissional)
Tenho Twitter mas quase não posto nada: @daniegreco


 Por: Luciana de Oliveira

2 comentários:

  1. Avante e sempre, Dani Greco!
    Feliz aqui com sua garra e compreensão do processo de crescimento artístico dos profissionais do nosso meio.
    A indústria criativa nada é sem seus peões: eu, você e toda essa galera com garra e amor. Beijabraço, Pedro Fernando

    ResponderExcluir
  2. Que lindo Dani, amei, vc já nasceu vencedora. Torço por vc. Parabens.

    ResponderExcluir