Uma ópera rock sobre o Pequeno Príncipe? Riccardo Romano nos conta sobre ela.




FANATIC MEDIA GROUP: Vamos começar a entrevista perguntando sobre o início de sua carreira. Como você começou a trabalhar com música? Há algumas inspirações que o direcionaram ao mercado musical

Riccardo Romano: Eu acredito que decidi me tornar um músico quando tinha 12 anos. minha escola costumava organizar pequenos concertos no final do ano, então em um destes anos me encontrei tocando bateria em uma música da banda Europe. No final da música eu fiz uma espécie de solo e aescola inteira gritou o meu nome ao mesmo tempo ao longo do corredor. Lembro que pensei: Esta é a coisa mais legal que já me aconteceu, quero que isto se torne a minha vida.
O professor de música era um homem fantástico que nos ensinou a tocar músicas que eram populares no rádio na época. Aprendi rapidamente que a música poderia ser divertida. Desde então eu sempre penso que a música é um jogo que deve ser levado a sério, ou algo sério que devemos jogar

FMG: Sobre o RanestRane, foi a primeira banda ou você já participou de outras antes?

RR: Eu toquei em muitas bandas antes de entrar no RanestRane. Alguns anos atrás eu tinha uma banda em que eu cantava, por muito tempo a voz foi meu principal instrumento. Com o novo álbum , em certo sentido, voltei às raízes.


FMG: Esta banda é inspirada em filmes clássicos. como a banda escolheu os filmes? Houve um consenso para decidir?

RR: Sempre fiquei orgulhoso do fato de ter inventado uma fórmula Cineconcerto que ninguém mas faz. Tudo o que escrevemos está perfeitamente sincronizado com os filmes e isso requer muitos anos de trabalho. Todos os filmes que escolhemos fazem parte de um momento particular de nossas vidas. Por exemplo, escolhemos UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO porque todos somos amantes da Astronomia. NOSFERATU foi o nosso primeiro trabalho, e ideia de Daniel Pomo, que ama muito esse filme. O ILUMINADO foi escolhido porque queríamos lidar com um filme forte e influente.

FMG: "O Pequeno Príncipe" é um livro muito famoso. Você esperava esse tipo de aceitação em todo o mundo?

RR: Bem, tenho que dizer, que em absoluto eu não esperava toda esta atenção e acarinho das pessoas. O álbum está recebendo muito apoio, e isto está me trazendo uma recompensa por todo o esforço para que ele fosse realizado.
Eu entendo o quanto este livro é popular e amado, e com certeza isto ajudou muito meu álbum. eu realmente queria escrever música ao nível da obra-prima de Antoine De Saint-Exupéry's.



FMG: Como você teve a ideia desse álbum? Você poderia nos dizer como foram as sessões de gravações?

RR: Há alguns anos assisti um show teatral que continha alguns trechos do livro. Tive a odeia de escrever uma música dedicada ao príncipe e a rosa. Por isto, nasceu a música "INVISIBLE TO THE EYES". Mais tarde tive o desejo de escrever um trabalho inteiro ao redor dela. Foi uma longa jornada qurou vários anos. Eu escrevi as músicas em diferentes momentos de minha vida. "THE KING", "THE LAMPLIGHTER" e outras músicas foram escritas em 2012, algumas são mais recentes. Lembro-me de ter improvisado muito no piano a tarde, então eu corria e levava comigo o que havia gravado. Desta forma, escolhi as melodias dos registros. Devo dizer que na verdade B612 acaba sendo muito heterogêneo, talvez também porque foi criado de uma forma muito articulada. Foi gravado em vários estúdios, e alguns músicos e cantores gravaram suas vozes e seus instrumentos em seus próprios estúdios.


FMG: Você tocou muitos instrumentos( teclados, harpa celta, órgão, guitarra, baixo acústico) e também cantou. Foi um desafio para você?

RR: Eu sou uma pessoa bastante curiosa, e provavelmente a curiosidade foi o primeiro paso que me impulsionou para aprender a tocar vários instrumentos. Outro motivo era certamente a necessidade de usar um som para um arranjo. Eu me considero principalmente um compositor, e às vezes, compro e aprendo um instrumento para usá-lo em uma música.



FMG: Há muitos convidados especiais. Como foi o processo de composição? Eles ajudaram a escrever as letras e melodias?

RR: Eu praticamente escrevi B612 sozinho, as músicas, os arranjos e as letras. Mas há algumas exceções. Steve Hogarth compôs a melodia da voz para "THE SNAKE" e também escreveu as letras. Jennifer Rothery escreveu as letras de "LETTER" e Luca Grimieri contribuiu com algumas melodias para o álbum.

FMG: Os músicos se encaixam perfeitamente em seus personagens, por exemplo, a voz de Jennifer Rothery é perfeita para a Rosa. Você poderia nos contar um pouco sobre como você escolheu as músicas para os convidados especiais?

RR: Alguns cantores foram escolhidos porque eu imaginei que eles são muito adequados para os personagens. Por exemplo, Jennifer como a Rosa e a Sônia Bertin como a Raposa, imaginei que poderiam ser perfeitas. Já Steve Hogarth e Martin Jaku bski foram diferentes. A minha intenção era pedir que escolhessem um personagem estimulante e criar algo diferente do que eles já são conhecidos. Steve criou um personagem muito escuro e intenso, enquanto Martin era um bluesman irônico. Estou profundamente satisfeito com o resultado.

FMG: Vamos falar um pouco sobre a Steve Rothery Band. Como surgiu o convite para fazer parte?

RR: Em 2014 o RanestRane abriu três concertos para o Steve Rothery Band na Itália, lembro-me de que eu estava muito animado e orgulhoso porque Steve é um dos meus artistas favoritos. Durante a passagem de som, enquanto verificava os teclados, lembro-me de que eles estavam me observando de perto. Um pouco depois, eles perguntaram se queria juntar-me a eles naquele momento.



FMG: Você está trabalhando em um novo projeto? Poderia nos contar?

RR: Por enquanto o que mais sonho é fazer o máximo de turnês com o B612. Gostaria de criar uma verdadeira ópera ao vivo no estilo Jesus Christ Superstar. Espero que esteja apto para organizar meus desejos.

FMG: Você poderia enviar uma mensagem para nossos leitores e fãs?

RR: Os melhores desejos a todos os leitores do FANATIC MEDIA GROUP, graças à sua atenção e apoio. A paixão move tudo, e é o melhor recurso que temos.


Site oficial: http://riccardoromanoland.com/



Por: Priscila Velasco & André Bona

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